A história de Unhais da Serra destaca-se pela sua ligação à indústria laneira. A freguesia chegou a ter nove fábricas têxteis, com a água a assumir-se como um elemento fundamental no seu funcionamento.
Também as termas desempenharam, recorda José Guerreiro, Presidente da Junta de Freguesia local, um papel de destaque na economia de Unhais da Serra, uma vila de veraneio, onde os visitantes vinham “fazer férias e cura de água”.
O aproveitamento das águas termais já seria feito no período romano, evoluindo ao longo dos tempos. Ainda assim, o primeiro edifício termal surgiu, pelas mãos da Diocese da Guarda, no século XVII, e sofreu diversas melhorias, em termos de capacidade e instalações, que deixaram de ter condições para o efeito.
O problema foi resolvido com o concurso público lançado pela Câmara da Covilhã para a concessão das águas termais e que deu origem ao hotel e ao novo balneário e permitiu ao setor crescer de forma exponencial. Destaca o autarca que “nos anos 70, as termas eram frequentadas por 90 a 100 aquistas e, atualmente, são centenas ou milhares”.
José Guerreiro não tem dúvidas de que o complexo “foi uma mais-valia”, pois além de aumentar a capacidade de acolhimento, “levou o nome de Unhais da Serra aos quatro cantos do mundo”, beneficiando outros setores, nomeadamente a restauração e o alojamento.