Na freguesia de Samuel, Soure, distrito de Coimbra, as Termas do Bicanho estão localizadas numa zona termal com mais de um século de história, não só pelo impacto e projecção que tiveram ao longo dos anos mas também pela presença das Termas da Amieira.  Aqui respira-se ar puro e tranquilidade, enquanto cuida da sua saúde com vista privilegiada para a natureza dos campos de arroz do vale do Mondego.

Há pouco mais de 200 anos encontramos aquela que será das primeiras referências às Termas do Bicanho. Em 1810, Francisco Tavares, na sua obra “Instruções e cautelas práticas sobre a natureza, diferentes espécies, virtudes em geral e uso legítimo das águas minerais, principalmente de Caldas; com a notícia daquelas, que são mais conhecidas em cada uma das províncias do Reino de Portugal, e o método de preparar águas artificiais”. Ao descrever as nascentes do Pranto (Banhos da Azenha) menciona: “na raiz do dito monte do Bicanho há ainda outras semelhantes origens, que também fornecem a quantidade necessária para banhos, que tomão os enfermos dentro de barracas ou cabanas que formam de ramos de árvores…”

Actualmente, a estância funciona em modernas instalações que combinam o termalismo clássico com SPA e bem-estar. Desde 2018 que as Termas do Bicanho conquistaram uma nova projecção, integradas num complexo hoteleiro, após verem cientificamente reconhecidas as capacidades terapêuticas das suas águas quentes hipotermais. Com as suas características – fracamente mineralizada (hipomineralizada) e silicatada – são indicadas para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas, e da pele. Estão especificamente certificadas para dorsolombalgicas (dores de coluna, dores lombares, lumbago), artrose dos joelhos (dores nos joelhos, por artrose) e rinosinusite (Rinite, sinusite, rinosinusite). Desde então que a unidade dá resposta a quem procura a prevenção e cura através das águas termais, recuperando uma tradição e contribuindo para o desenvolvimento económico e turístico da região.