Com 12 freguesias divididas entre mar, cidade e interior, o município de Caldas da Rainha abrange cerca de 52 mil habitantes, tendo a cidade que lhe dá nome “uma dinâmica e peso significativo em termos de população”. E, conforme adianta o Presidente da Câmara Municipal local, Vítor Marques, há um investimento da autarquia “para criar infraestruturas para que as pessoas se possam fixar”, embora este seja “um processo complexo”.

Reza a lenda que a Rainha D. Leonor terá passado por esta terra e ter-se-á banhado nas águas que os locais diziam ter poderes curativos. A cura para as suas maleitas fez com que olhasse para o território com outros olhos e mandasse edificar o hospital termal, o mais antigo do mundo. “A partir daí tudo se foi construindo em torno da estância”, conta o autarca, realçando a “particularidade histórica” que distingue o concelho, que, como é habitual dizer-se, nasceu em torno das águas.
Do mesmo modo, o termalismo acabou por dotar a cidade com características únicas e uma grande oferta de comércio tradicional, que é beneficiada pela orografia plana da urbe. Devido à grande afluência de visitantes para fazer tratamentos, criou-se uma “grande oferta hoteleira e de particulares, que mudavam os hábitos em casa para poderem acolher os aquistas” e aumentar os seus rendimentos. Eram tempos áureos, que foram intercalados com outros mais conturbados.

Mais recentemente, recorda Vítor Marques, “os caldenses e o Município lutaram junto da Administração Central para que a gestão do complexo termal pudesse passar para a autarquia, o que veio a acontecer através de um protocolo de cedência que vigora há seis anos”.

Para o futuro, a aposta centra-se em, “a pouco e pouco, rejuvenescer as nossas termas”, um caminho que, garante o autarca, já está a ser seguido.