A infância de Júlio Penetra ficou marcada por várias dificuldades associadas a uma bronquite asmática. Tinha crises que o obrigavam a estar sentado durante semanas, “por ser a única forma em que conseguia respirar”.

Um dia, a 7 de Outubro, quando estava na escola, sofreu um desses episódios e como a mãe trabalhava nas Termas de Luso, é levado em braços para a estância. E, recorda o antigo gestor, o médico Cid de Oliveira disse-lhe: “leva o menino para o emanatório”. “Estava numa aflição tremenda e entrei no paraíso”, conta, acrescentando que foi assim que passou a chamar aquela divisão.

Embora não saiba se a experiência de outros doentes asmáticos é semelhante, Júlio Penetra conta que a sua vivência foi pautada pelos benefícios, tendo experimentado, de forma avulsa, também outros tratamentos, pelo que destaca que as águas termais de Luso têm “características únicas”.

A estas propriedades juntam-se aspetos patrimoniais e serviços “com muito sucesso”, como o Medical Center, edificado em 1893 e, um ano mais tarde, a piscina com Água Termal de Luso, projeto do gabinete do famoso arquiteto Gustave Eiffel, que ainda hoje é considerada uma das piscinas termais mais bonitas da Europa.