As Termas de Sangemil estão situadas na freguesia de Lajeosa do Dão, concelho de Tondela e distrito de Viseu, junto à margem do rio Dão, onde a praia fluvial existente é também local de atracção e aproveitada, sobretudo nos dias de mais calor, para uns mergulhos refrescantes com um enquadramento paisagístico ímpar.
Não há indicação precisa da época em que as águas termais começaram a ser utilizadas para fins terapêuticos, conforme nota o médico Fernando Agostinho de Figueiredo, que realizou nos anos 40 do século passado, um estudo sobre o “Banho” de Sangemil. Pelo menos no século XVIII isso já acontecia, sendo a atividade à época realizada por algumas pensões e alojamentos familiares, embora com uma exploração não regulamentada nem concessionada. A primeira referência às “Caldas da Lageosa” (nome antigo dado a estas termas) surge no “Aquilégio Medicinal”, obra publicada em 1726 e que faz o levantamento das fontes termais do país.
No início do Século XIX, António da Fonseca Benevides analisa as águas de Sangemil e compara-as às águas do Gerês. Desde os anos 90 do século XX que a estância termal funciona nas atuais instalações, que viriam a ser renovadas em 1999. Ao longo dos anos, tem conseguido afirmar-se como um pólo dinamizador do turismo do concelho tondelense, acolhendo aquistas provenientes de todo o país e até do estrangeiro.
Do ponto de vista físico-químico e bacteriológico, as suas águas são minerais hipertermais, mineralizadas, alcalinas, sulfúreo sódicas e fluoretadas (PH8,4), sendo captadas a uma temperatura de 49ºC nos dois furos, a uma profundidade de cerca de 100 metros. As indicações terapêuticas concentram-se mais nas patologias do foro reumatológico, em particular osteoartrites, e ainda na reabilitação das patologias musculo-esqueléticas e das artropatias resultantes de traumatismos de várias ordens e origens. É também indicada para doenças respiratórias das vias superiores (ORL).