Numa área de transição entre as regiões naturais do Planalto Beirão e do Alto Douro, as Termas de Longroiva situam-se na freguesia que lhe dá nome, no concelho de Mêda, distrito da Guarda.
Tal como acontece em muitas outras conceituadas unidades termais do país, estima-se que estas águas termais fossem já conhecidas em tempos pré-históricos. O trabalho arqueológico elaborado em estâncias aquíferas medicinais tem permitido encontrar vestígios do seu aproveitamento pelo homem pré-histórico e o facto de o povoamento desta região ser feito desde o Paleolítico faz acreditar que este recurso não tenha passado despercebido ao longo dos anos. O mesmo terá acontecido com os romanos, que ocuparam o território vizinho do castro de Longobriga, durante centenas de anos, e ali fizeram sistematicamente prospecções para identificar os jazigos mineiros e das águas medicinais.
Oficialmente, a primeira referência aparece, no entanto, no “Aquilégio Medicinal”, uma obra emblemática do Dr. Francisco da Fonseca Henriques, médico Del’ Rei D. João V, e elaborada em 1726. Já na altura falava dos seus notáveis efeitos curativos. Os banhos estavam ligados ao culto à Senhora do Torrão, padroeira de Longroiva, cuja festa, no dia 8 de Setembro, era custeada pela utilização dos banhos, que eram pagos pelos de fora do lugar e sempre gratuitos para os longroivenses. As primeiras estruturas eram muito simples e elementares – dois tanques, um destinado aos homens e o outro às mulheres, protegidos por uma espécie de cabanal, com a cobertura de colmo –, até que, nos finais do séc. XIX, a Câmara construiu o edifício termal.
Em 2001, as Termas de Longroiva iniciam um novo capítulo na sua história, após várias obras de ampliação e remodelação. Uma década mais tarde, e mais de duzentos anos volvidos desde a construção do primeiro balneário, o complexo volta a rejuvenescer, aliando a modernidade à tradição termal. As virtudes terapêuticas das suas águas minerais naturais estão associadas ao tratamento de problemas músculo-esqueléticos, reumáticos e respiratórios.