Entre as paisagens deslumbrantes de Sangemil, aldeia onde reside, Maria da Graça mostra-nos duas vertentes distintas do setor do termalismo: como aquista e como anfitriã, uma vez que acolheu na sua casa pessoas que vinham frequentar a estância.

Em ambas as situações fala-nos com grande entusiasmo, tecendo rasgados elogios “aos benefícios das águas e dos tratamentos para a parte muscular e reumática” e que ajudam a que ande “mais ligeira e solta de dores”. Estas mais-valias, recorda-nos, são conhecidas desde há largos anos, mesmo quando ainda não estavam disponíveis “as comodidades e os tratamentos que hoje o balneário oferece” e quando ainda era possível “ver a água borbulhar livremente junto ao rio”. O seu marido, na época barbeiro, habitou-se a ver doentes que chegavam de muletas e quando iam embora já não precisavam delas.

Ao nível do aluguer de quartos diz-nos que havia “muito trabalho” mas que também se criaram laços e grandes amizades com pessoas de vários pontos do país.