Jorge Mangorrinha, arquiteto e historiador, é um apaixonado pelas termas. Natural das Caldas da Rainha, reconhece que, desde muito cedo, teve “consciência da importância da atividade e do património”, cuja história é recheada de “períodos marcantes a nível local e não só”.
A sua formação académica permitiu aprofundar este conhecimento, desenrolando-se em torno “de propostas para a identidade urbana, o ordenamento do território e o turismo”, que concilia com “uma intervenção cívica e política”.
Recorda o historiador que as Caldas nascem quando a Rainha D. Leonor de Lencastre mandou construir, em 1485, o Hospital Termal, que tem “a particularidade de ter uma terapia associada a um recurso natural, a água mineral que emerge aqui, embora desde os anos 60 seja captada por furos artesianos”.
No século XVIII, continua, dá-se outro marco importante, com a refundação do hospital, através do mecenato de D. João V, que também procurava nestas águas a tentativa de curar as suas doenças.
As memórias de Jorge Mangorrinha também se misturam com o “microcosmo do parque que, associado ao termalismo, são ícones urbanos que não se podem perder”.