Otília Marta diz que tinha o ‘sangue fraco’, ou seja, deficiência de ferro no organismo (anemia), o que a levou a recorrer às Termas do Vale da Mó, que são conhecidas pela qualidade das suas águas, ricas em ferro e magnésio, o que as tornam únicas na Europa, sendo indicadas no tratamento de doenças do foro digestivo, doenças do sangue (anemia e outras por carência de ferro) e nas denominadas doenças de civilização (depressão nervosa, fadiga e stress).
Três vezes de manhã e outras tantas de tarde, bebia o precioso líquido que, diz, “tem feito bem e curou muita gente”. Ainda assim, realça que não basta ingerir a água, “é preciso repousar”, o que nem sempre foi fácil no seu caso, pois as circunstâncias da vida fizeram com que tivesse um ritmo acelerado.
A estância de águas férreas teve o seu período áureo no início do século XX, mas actualmente a realidade mudou de forma significativa. Otília Marta refere que se perderam algumas tradições. Hoje, contam-se apenas cerca de 50 habitantes, que trabalham e estudam fora da localidade e vão conjugando o quotidiano com o cultivo do campo.