A consciência do seu património histórico-militar fez com que a comunidade local fosse fazendo pressão para a sua salvaguarda. O Município e a Junta de Freguesia, percebendo o potencial da história que envolve o Vimeiro, decidiram apostar neste setor. Numa primeira fase, em finais do séc. XX, teve lugar a requalificação do monumento comemorativo, e depois, no bicentenário da batalha, a 21 de agosto de 2008, foi inaugurado o Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro (CIBV).

Ana Bento é a responsável do núcleo, que se dedica ao estudo, investigação, preservação e promoção do património histórico-cultural e militar da Guerra Peninsular, com especial destaque para a Batalha do Vimeiro. Neste tema enquadra-se ainda o trabalho feito pela Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro, que aposta na sua divulgação dentro e fora de portas.

A responsável leva-nos numa visita pelo CIBV, que aposta numa componente de acessibilidade muito forte, tanto na construção do edifício como nos conteúdos, e de onde é possível ter vista privilegiada para o campo de batalha. O Centro, complementado com vídeos interpretativos e áudio-guias, engloba três salas de visitação com temas distintos: uma conta os antecedentes, entre 1789 e 1815; outra fala dos exércitos do período napoleónico e uma terceira debruça-se sobre a Batalha do Vimeiro, que assume especial relevância por pôr fim à primeira invasão francesa e ao período de governo francês em Portugal.