Alcinda Lopes começou a trabalhar nas Caldas da Felgueira em 1984. O balneário era uma estrutura antiga, muito rudimentar e com pouca diversidade de oferta.

Embora estivesse num dos últimos patamares, o esforço da administração e do pessoal, associado à renovação feita no balneário, permitiu que recuperasse fulgor, posicionando-se entre os melhores. A antiga colaboradora recorda ainda que, em 1986, houve formação em Monfortinho para os funcionários das termas e abriu-se um leque de técnicas e aprendizagens.

Em 1988, a empresa Beira Termas adquiriu o complexo termal, mantendo-se a Companhia de Águas Medicinais da Felgueira na exploração da parte termal, independente da parte hoteleira. Dava-se início a um novo período de investimento nas termas, com a abertura de furos de captação e a renovação dos tratamentos e equipamentos. A toada continuou quando, em 1994, a Companhia de Seguros Império, posteriormente integrada no grupo José de Mello, passou a ser acionista, investindo em melhoramentos, nomeadamente a construção do novo centro termal, inaugurado em 1997.
“Fomos pioneiros no duche de Vichy, hidromassagem computorizada e nalguns tratamentos para as vias respiratórias. As salas de nebulização eram também um ex-libris”, recorda.

Apesar de ser um trabalho muito cansativo, com dias que se prolongavam das 6 da manhã até às 7 ou 8 horas da noite, de Maio a Novembro, Alcinda Lopes não esconde o fascínio pela área.