Ana Figueiredo é técnica de balneoterapia nas Caldas da Rainha. Foi aqui que iniciou o seu percurso laboral, tendo permanecido, em 2006, após o estágio. “Tive a sorte de apanhar uma equipa fantástica, com muitos anos de experiência, e pessoas que me ensinaram tudo o que sabiam”, reconhece.

Com uma realidade distinta da atual, trabalhava na vertente de ORL e dos banhos (musculoesquelética), onde as “banheiras eram ainda de pedra, muito antigas, cada uma de seu tamanho”. “Na secção A havia 14 banheiras de banho de bolha de ar e 10 na Secção B. Havia também o duche vichy, manilúvio e pedilúvio e massagens a seco”, lembra.

Era uma época de grande azáfama, o que representava dias inteiros “de trabalho manual”. E as memórias de Ana Figueiredo parecem materializar-se à nossa frente: “Cada banho era temperado de acordo com a prescrição médica e demorava 15 minutos, que eram controlados pela descida da areia da ampulheta. Passado esse período, o aquista tocava uma campainha que alertava os colaboradores, que iam sempre vigiando o decorrer dos tratamentos e como se sentiam as pessoas”.

Em 2019, após um interregno em que a estância termal esteve encerrada, a técnica voltou a ser chamada e isso foi “uma grande alegria”. “Sinto-me realizada. Visto a camisola e sou muito grata. Ao ajudar os outros recebo muito em troca, até um carinho e um agradecimento por parte deles”, garante.