Ainda nova, as mãos de Maria José Marques “esfolavam-se” e a mãe recomendou-lhe que fosse fazer uns banhos. “E passou”, garante, acrescentando que “mesmo nas férias aproveitava sempre que podia para fazer os banhos, para aliviar as dores”. E faz a ressalva: “por norma em número ímpar”.
A sua filha, enfermeira, seguiu as pisadas da habitante de Águas, em Penamacor, hoje com 81 anos.
“Nas aldeias próximas toda a gente conhece os banhos. Antes era um cheiro a enxofre muito intenso. Agora está mais modernizado e a grande procura continua”, faz questão de realçar, notando, no entanto, que actualmente menos gente opta por pernoitar na aldeia durante o período de tratamento, preferindo regressar a casa e voltar no dia seguinte.
Tempos houve em que os aquistas “chegavam de burro” e “tolhidos” pela doença. “E quando abalavam já se encontravam bem”, conta Maria José Marques, destacando que “a água é uma coisa fantástica”.