Será muito antigo o recurso das gentes de Almeida (e da região) às águas da fonte, a que chamam santa, para banhos medicinais. Podemos encontrar registo documental das suas propriedades terapêuticas no primeiro inventário nacional das águas minerais naturais, o Aquilégio Medicinal, publicado em 1726.
Esta água sulfurosa, fracamente mineralizada e de pH alcalino, adquire as suas caraterísticas ao longo do processo de circulação em profundidade, estimada em cerca de 2 quilómetros.
A evolução das captações, ao longo de tempo, tem permitido aproveitar os desenvolvimentos tecnológicos, mantendo-se, em simultâneo, o rigor, a segurança e a sustentabilidade.
No caso das Termas de Almeida – Fonte Santa, Alcino Pereira dos Santos, técnico de manutenção da estância, conta-nos que a captação das águas faz-se através do furo AQ1, a 931 metros de profundidade, que veio substituir o antigo o FS2, entretanto desativado. E a salvaguarda e preservação deste bem essencial são feitas através de desinfeções e da recolha regular de amostras para análise.
Este é um setor que o colaborador conhece bem. Há 37 anos que tem o curso de termas, 12 dos quais passados em Almeida, depois de já ter passado por várias estâncias do país.