Nascido na vila de Manteigas, no “coração da Serra da Estrela”, Nataniel Lopes da Rosa transporta-nos pela história documental das Caldas de Manteigas, na freguesia de São Pedro, da qual chegou a ser Presidente.

Conta-nos o autor que as obras de captação datam de 1914, abrangendo “dois grupos de nascentes; um na margem esquerda do Zêzere, constituído por três veias abertas no granito, sendo a mais importante a chamada Fonte Quente, com 42,8 graus; e outro na margem direita do rio, a Fonte Santa”.

No Jornal Estrela da Beira de 13 de Março de 1932, faz-se referência às Caldas de Manteigas como “a estância termal de maior altitude em Portugal, em plena Serra da Estrela”. Com um clima suave, “há pensões e casas para alugar” e “carreiras de camionetes”, que faziam o trajeto, de manhã e à tarde, da vila às Caldas; e no Verão havia ligação para a Covilhã e Gouveia. Assim chegavam os turistas e o correio.

O Relatório de Gerência de 1955 diz que a Câmara Municipal convidou “a empresa de Águas Termas a remodelar e actualizar as suas instalações, especialmente o seu balneário, que deve reunir um mínimo de condições que não envergonhem e satisfaçam os aquistas”. “As respectivas águas não necessitam de reclame, em virtude de serem as melhores do país (…)” acrescido de “estarem num centro turístico por excelência”, refere o documento.