Cristina Reis nasceu em Lisboa, mas desde cedo foi parar a Monfortinho, quando o pai, GNR de profissão, veio para a região para estar perto da terra dos seus pais, Monsanto, e por considerar que seria também economicamente mais vantajoso.
Assim nasceu aquele que viria a ser o Alojamento Local Familiar. Começou por ser a residência da família, “mas os aquistas eram tantos que vinham bater à porta para perguntarem se alugavam quartos”, recorda Cristina Reis. A elevada procura fê-los considerar essa hipótese e “assim desenrolou-se o futuro”.
Conta a empresária que o projeto saiu do papel e “foi crescendo lentamente”, alicerçado num “ambiente familiar”, em simpatia e na preocupação em garantir “que as pessoas se sintam em casa”.
Os aquistas chegaram a ser 90 por cento da ocupação, com os passantes, “que vêm para visitar a zona, passar o fim-de-semana e descobrir o património”, a serem “esporádicos”. Hoje, conta a empresária, a realidade é diferente e existe praticamente uma divisão entre ambos os públicos.
“É um ambiente muito gratificante. É preciso ter-se gosto, mas há clientes que nos ficam no coração”, sublinha. E são muitos os exemplos de histórias que marcaram Cristina Reis, desde a senhora que chegou ao colo do marido e enrolada num lençol porque, devido a um problema de pele, não conseguia vestir uma peça de roupa; ao senhor que seguiu as indicações do seu pai e encontrou nas termas, até morrer, um alívio reconfortante. “As águas são únicas no nosso país, principalmente a nível de pele. É impressionante”, sublinha.