Os testemunhos arquitectónicos do séc. XIX existentes nas imediações do Lugar dos Banhos e de Alcafache remetem-nos para o período em que os banhos se realizavam ao domicílio. De madrugada, um corrupio de gente mergulhava os cântaros no tanque de água quente e enchia as banheiras existentes nas casas particulares, onde os doentes se alojavam à procura de alívio para as suas maleitas.

Conforme nos conta Maria Teresa Ministro, diretora clínica das Termas de Alcafache, mesmo depois da abertura do balneário, em 1962, a tradição secular dos banhos ao domicílio ainda se manteve, acolhendo a infra-estrutura os restantes tratamentos. Poucos anos depois, a chegada da electricidade permitiu a canalização da água, abastecendo o edifício e as melhores casas de hospedagem das duas margens.

Por questões de saúde e de vigilância médica, o sistema de banhos em casa terminou e todas as valências ficaram centradas no balneário, que foi remodelado e reorganizado para melhorar o acolhimento e a experiência dos aquistas.