Na década de 1970 do século passado, quando a maioria frequentava apenas os primeiros anos de escola e ia logo trabalhar, José Leitão foi convidado para “ir para as termas dar água ao pessoal”. Iniciava-se o novo balneário, construído ao gosto de arquitetura pública de saúde da época, e então explorado pelo Centro Regional de Segurança Regional da Guarda.
Fazia um pouco de tudo, desde os preparativos para aquecer as ferramentas a colocar a pólvora com que se destruíam os complexos rochosos.

Eram jornadas duras, assentes em força braçal, uma vez que a mecanização ainda não era uma realidade. Assim, conta que depois dos dias de trabalho era comum recuperarem forças no tanque onde era armazenada a água termal, à qual, face às elevadas temperaturas, juntavam “uma pinguinha” de água fria.

E são vários os exemplos de benefícios para a saúde que testemunhou. Um verão, sugeriu ao grupo de amigos, em vez de irem para o rio, mergulharem das águas termais e a verdade é que um deles não voltou a ter bronquite. “Havia um senhor da América que ficava na Rampa e disse a um médico: No ano que não faço termas passo o Inverno uma miséria”, recorda José Leitão.