De maio a outubro, o largo junto ao antigo Balneário de Santa Isabel e às piscinas termais do Vimeiro “era sempre cheio”.
Adelaide Matias, antiga funcionária das Termas do Vimeiro, continua a desenrolar parte das suas vivências. “Quando era menina isto era muito bonito. Havia um carrossel, uma carrinha com três carruagens que fazia a ligação entre a praia de Porto Novo e as piscinas. Havia excursões que vinham passar o dia nas piscinas. Era uma festa”, recorda.

O largo enchia-se de pequenos comerciantes que “vendiam fruta e baldinhos para os mais novos brincarem na praia”, entre outros artigos.

Aos 25 anos, Adelaide Matias começou a trabalhar nas instalações do antigo Balneário Santa Isabel, onde funcionavam os consultórios médicos. Quando o equipamento, onde fazia limpezas, fechou, passou para a bilheteira das piscinas, fazendo “o que fosse necessário”.

À estância acorria gente de todas as idades, recorda, realçando que, para dar resposta às necessidades em termos de alojamento, havia um hotel, aberto todo o ano, e quatro pensões. Já nas casas particulares, os proprietários arrendavam quartos e pernoitavam na adega, sendo esta mais uma forma de rendimento.