Carla Madeira, de 43 anos, concorreu a uma vaga para as Termas de Almeida, no concelho onde reside, e acabou por ficar com o lugar, ainda no antigo balneário. Começou por fazer “de tudo um pouco”, nomeadamente tratamentos de balneoterapia, massagens e limpeza. Atualmente, acrescenta, está “mais direcionada para a vertente de ORL”, indicada para aliviar sintomas de rinite, sinusite ou bronquite. Entre os tratamentos disponíveis, e que requerem sempre a prescrição por parte do médico, estão irrigação nasal, pulverização laríngea, nebulização e aerossol.
“Quando saem, as pessoas dizem que se sentem melhor, que sentem alívio, já conseguem respirar melhor e passam melhor o inverno”, explica, notando, no entanto, que “é preciso fazer a manutenção”.
Há 22 anos, quando começou, ainda na fase experimental para a aprovação das vocações terapêuticas destas águas, Carla Madeira conta que a adesão de aquistas era impressionante, chegando a alojar-se em tendas nas imediações do balneário. “Os antigos eram mais crentes. Diziam que eram milagrosas”, realça.
Ainda hoje, nota, a ligação entre utentes e colaboradores é próxima, quase como “uma família”. E apesar de se notar um ligeiro decréscimo, a técnica acredita num regresso das pessoas às termas, até face às mazelas que a pandemia de covid-19 deixou.