“Há neste povo [Águas] uma fonte chamada Fonte Santa, cujas águas, por passarem por minerais de enxofre – como se vê pela cor, cheiro e efeitos delas – são salutíferas aos que nelas se banham”… Mais adiante: “Junto a este lugar nasce de uma rocha um olho de água com sabor a enxofre, da que usam [as pessoas] nas enfermidades de hidropisia”…
Os excertos encontram-se nas “Memórias Paroquiais”, um questionário encomendado, em 1758, no qual “o pároco da freguesia de Águas faz referência à existência da Fonte Santa, de onde brotava água que sabia e cheirava a enxofre e que teria características benéficas para a saúde”.
Nota a Vice-Presidente da Câmara de Penamacor, Ilídia Cruchinho, que, tal como referido já nessa altura, são águas sulfúreas de “grande valia para a melhoria da saúde” e “com características que as tornam indicadas para problemas do foro reumatológico, musculosquelético e respiratório”.
“As referências escritas das termas têm mais de 250 anos, datando da época de Marquês do Pombal”, porém foi entre 1940/50 que “passam a existir como balneário termal, ainda que um pouco rudimentar”, e que foi sofrendo remodelações. Em 2011, com a concessão do alvará à Câmara para exploração das águas, apesar da dimensão reduzida do edifício, “houve uma intervenção e uma melhoria significativa ao nível dos equipamentos, mais modernos e de qualidade”.
Dando seguimento a essa aposta e de modo a “poder alargar os benefícios a muitas mais pessoas”, o Município já identificou a “necessidade de ampliar o balneário e de criar novas condições para os aquistas, para que se sintam ainda melhor”.