O Vale da Mó, em Anadia, faz parte das memórias de infância de José Loureiro, que se habitou aos passeios de fim-de-semana e aos tratamentos em família, para resolver um problema de sangue hereditário.

Aos domingos, no espaço envolvente à buvete era comum ver as mantas estendidas debaixo das árvores frondosas, com as cestas de picnic e os tachos embrulhados em papel de jornal. “As Termas eram quase familiares”, conta o empresário, notando que também “em termos medicinais, as águas férreas eram muito propaladas”.

Dado o problema hereditário de sangue no seu núcleo familiar mais próximo, o final das férias grandes era passado em tratamento, com tomas de água bi-diárias “quase religiosas” de acordo com as medições prescritas pelo médico. E as análises comprovavam as melhorias, colocando em evidência que se trata de águas termais proveitosas.

Em determinada altura, a mãe e a irmã pernoitavam na aldeia para cumprir o tratamento e José Loureiro recorda que se proporcionavam “momentos de convívio entre os aquistas”, com caminhadas, conversas e jogos.