A fonte das águas medicinais e ferruginosas do Vale da Mó foi, ao longo de séculos, procurada por milhares de pessoas em busca de cura para as moléstias do estômago e anemia.
Do património histórico da aldeia faz também parte a antiga Pensão Montanha, evocada pela proprietária Maria Teresa Santos, que recorda que os hóspedes “vinham tomar as águas”, uma expressão muito comum por estas bandas. A ingestão, num total de três doses, de acordo com a prescrição médica, era feita em jejum, seguindo-se uma hora depois, o pequeno-almoço.
Os seus clientes – que, através do “passa a palavra” chegavam de “Aveiro, Porto, Anadia, Marinha Grande e das Gafanhas” – tinham na pensão “o quartel-general” e, nas horas deixadas livres pelo tratamento, aproveitavam para passear, descobrir a região, ler e descansar.
Maria Teresa Santos acredita que há muitas histórias de cura mas uma marcou-a de forma particular: a de um menino de tenra idade que sofria com anemia e que, já mais velho e bem de saúde, voltou para a visitar.