O território e a cultura andam de mãos dadas desde os primórdios, em que a arte já era uma forma de comunicação. Nelson Santos, que vive na Quinta Couto Martins, na Urgeiriça, fala-nos desta simbiose.

Desde novo que os esboços, as cores, os marcadores e os pastéis o acompanharam, bem como a vontade de transportar para o papel o mundo que o envolvia. Acabou por ser o também artista Aires dos Santos a incentivá-lo a mostrar o seu trabalho.
Desde então, tem participado em exposições colectivas e sessões de pintura ao vivo, integradas em eventos ligados ao turismo, dias festivos e iniciativas promovidas pelas autarquias.

A inspiração, conta-nos, vem de repente, através das cores e das formas, monumentos e da história do povo. Também as Caldas da Felgueira, onde ia muitas vezes passear na sua mocidade, já serviram de base às suas criações, com a Pensão Maial, a ponte sobre o Rio Mondego e a antiga praia fluvial a serem retratadas.

Para Nelson Santos, os artistas, embora sejam do mundo, são muito importantes para os lugares, pois relatam, alertam, transmitem sentimentos e mostram o que pode ser melhorado.