Arminda Figueiredo trabalha nas Termas de São Pedro do Sul desde os 10 anos.
Naquela altura, recorda, não havia marcações, de modo que os utentes, mais humildes e designados por “doentes de saco”, começavam a chegar por volta da meia-noite para marcar a sua vez. O raminho assinalava o primeiro da fila e ia passando de mão em mão, à medida que as portas se abriam, às 06h30 da manhã.
Ainda no antigo Balneário Rainha D. Amélia, era uma das crianças que, com um copo graduado e de acordo com a prescrição médica, servia a água termal a quem vinha à procura de cura para problemas de intestino e fígado. Este era um ritual que se cumpria todos os dias, durante duas semanas, de modo que se iam criando laços de amizade e de partilha.