Numa época em que não havia ainda rede de distribuição de água, as fontes e lavadouros públicos representavam um importante património etnográfico para as aldeias. Geralmente, como acontece neste caso do bebedouro da aldeia do Moinho Velho (Mamouros), Castro Daire, a água que não era aproveitada, corria para a zona da lavagem de roupa. Mas as fontes eram também lugar de convívio, onde as pessoas que viviam nas áreas circundantes se encontravam e confraternizavam.
Apesar do fraco caudal, garante Leontina Sequeira, a fonte não seca e a água é partilhada pelos habitantes, de acordo com dias estipulados, e do pôr ao nascer do sol, para regar os terrenos.
A moradora explica que a água era ainda aproveitada para fazer trabalhar o moinho, sobretudo no Inverno, quando se moíam os cereais que eram armazenados até ao Verão.